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O IMPACTO DA TECNOLOGIA NA ANSIEDADE DOS ADOLESCENTES
A REPERCUSSÃO DO ÚLTIMO LIVRO DO PSICÓLOGO JONATHAN HAIDT
Como pais, buscamos constantemente maneiras de garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável de nossos filhos. Nos últimos anos, as preocupações sobre o impacto da tecnologia na saúde mental, especialmente entre os adolescentes, tornaram-se mais proeminentes. Jonathan Haidt, um renomado psicólogo social e professor, aborda essas preocupações em seu último livro “The Anxious Generation/A Geração Ansiosa”, lançada em Março de 2024 nos Estados Unidos e com previsão de lançamento em Julho no Brasil.
Imagine que sua filha de 10 anos seja escolhida para ingressar no primeiro assentamento humano em Marte. Ela está pronta para decolar, mas precisa de sua permissão. Você aprende que o bilionário arquiteto da missão não considerou os riscos representados pelo ambiente tóxico do planeta vermelho, incluindo crianças que desenvolvem “deformidades em seus esqueletos, corações, olhos e cérebros”.
Você a deixaria ir?
É com esta peça moral no estilo “Black Mirror” que Jonathan Haidt dá o tom para tudo o que se segue em seu novo livro erudito, envolvente, combativo e cruzado, “A Geração Ansiosa”. As condições de vida em Marte é utilizado como uma analogia do mundo nocivo das mídias sociais. Se disséssemos não a esse planeta perigoso para a vida, deveríamos, naturalmente, dizer não a este outro universo digital que afeta crianças e adolescentes.
Em vez disso, hesitamos em relação aos riscos, não conseguindo manter os nossos filhos firmemente ancorados na realidade não digital. O resultado não pode mais ser ignorado: deformidades do cérebro e do coração – ansiedade, depressão, tendências suicidas – que assolam a nossa juventude.
Ele explora como o aumento do uso de smartphones e das redes sociais está correlacionado com o aumento das taxas de ansiedade e depressão entre os adolescentes. Desde o seu lançamento, “A Geração Ansiosa” gerou um debate significativo na mídia e entre especialistas em saúde mental. O livro detalha como a combinação da superproteção na infância e o aumento do uso de smartphones criaram um ambiente propício para a crise de saúde mental entre os jovens. Haidt destaca que a saúde mental dos adolescentes começou a se deteriorar drasticamente a partir do início dos anos 2010, coincidindo com a popularização dos smartphones e redes sociais.
QUEM É JONATHAN HAIDT?
Jonathan Haidt é um psicólogo social e professor na Universidade de Nova York, conhecido por seu trabalho em psicologia moral e bem-estar humano. Ele é autor de vários livros influentes, incluindo “The Righteous Mind / A Mente Justa” e “The Happiness Hypothesis / A Hipótese da Felicidade”. Seu trabalho recente se concentra no impacto das redes sociais e da tecnologia na saúde mental dos jovens, como explorado em seu livro “The Coddling of the American Mind / A Mente Americana Mimada”, co-autorado com Greg Lukianoff.
Haidt é um homem com a missão de corrigir esse fracasso coletivo. O seu primeiro passo é convencer-nos de que os jovens estão vivendo uma “onda gigante” de sofrimento. Num único capítulo e com uma dúzia de gráficos cuidadosamente selecionados, ele descreve o aumento das doenças mentais e do sofrimento a partir de 2012. As meninas adolescentes são as mais atingidas, mas os meninos também sofrem, tal como os adolescentes mais velhos.
A REPERCUSSÃO DOS SEUS LIVROS
Desde o lançamento do livro anterior “The Coddling of the American Mind/ A Mente Americana Mimada”, o autor gerou uma repercussão significativa tanto na mídia quanto entre especialistas em saúde mental. Haidt e Lukianoff argumentam que a cultura da superproteção e o uso intensivo de tecnologia estão prejudicando a capacidade dos jovens de enfrentar adversidades e desenvolver resiliência. As discussões em torno dos livros destacam a necessidade urgente de reavaliar o papel da tecnologia na vida dos adolescentes e de promover um ambiente que favoreça o desenvolvimento psicológico saudável.
O AUMENTO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE ADOLESCENTES
A pesquisa de Jonathan Haidt destaca uma tendência preocupante: o aumento significativo da ansiedade e depressão entre adolescentes na última década. Segundo Haidt, esse aumento coincide com a proliferação dos smartphones e das plataformas de redes sociais. Estudos mostram que adolescentes que passam mais tempo nas redes sociais têm mais chances de apresentar sintomas de depressão e ansiedade. Haidt argumenta que a comparação constante, o cyberbullying e a falta de interações presenciais contribuem para esses resultados negativos.
Um estudo publicado na revista Emotion, publicada pela American Psychological Association (APA), descobriu que adolescentes que passam mais de três horas por dia nas redes sociais são mais propensos a relatar problemas de saúde mental.
A American Psychological Association relatou um aumento de 52% nos sintomas depressivos entre adolescentes de 2005 a 2017, correlacionando-se com o aumento do uso de redes sociais.
De acordo com o Pew Research Center, uma organização Americana que fornece informações sobre questões sociais, opinião pública e tendências demográficas, 45% dos adolescentes relatam estar online “quase constantemente.
OS MECANISMOS PSICOLÓGICOS EM JOGO
Haidt explica vários mecanismos psicológicos que contribuem para os efeitos prejudiciais da tecnologia na saúde mental dos adolescentes:
Comparação Social: As plataformas de redes sociais frequentemente apresentam uma versão idealizada da realidade, levando os adolescentes a se compararem desfavoravelmente com seus pares.
Cyberbullying: A anonimidade e o alcance da internet facilitam a ocorrência de bullying, com impactos profundos na saúde mental das vítimas.
Perturbação do Sono: O tempo excessivo em frente às telas, especialmente antes de dormir, pode interferir nos padrões de sono, que são cruciais para o bem-estar mental.
Citação de Haidt: “Quanto mais tempo os adolescentes passam nas redes sociais, mais provável é que experimentem os impactos negativos da comparação social, do cyberbullying e da perturbação do sono.”
ASPECTOS NEGATIVOS ADICIONAIS
Além dos pontos mencionados, Haidt destaca outros aspectos negativos do uso excessivo de tecnologia:
Falta de Habilidades Sociais: A dependência de interações online pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades sociais essenciais, como a comunicação verbal e a empatia.
Redução da Atividade Física: O tempo gasto em telas geralmente substitui o tempo que poderia ser dedicado a atividades físicas, contribuindo para problemas de saúde física.
Dependência Digital: A exposição constante a estímulos digitais pode levar à dependência, dificultando a capacidade dos adolescentes de se concentrar em atividades não relacionadas à tecnologia.
DECLÍNIO DA INFÂNCIA BASEADA EM BRINCADEIRAS
Haidt argumenta que a redução do tempo de brincadeiras livres e não supervisionadas na infância contribuiu significativamente para o aumento da ansiedade. Nos anos 80 e 90, o medo exagerado pela segurança infantil levou muitos pais a limitar o tempo que os filhos passavam brincando ao ar livre sem supervisão. Essa falta de brincadeira livre prejudicou o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais essenciais.
PASSOS PRÁTICOS PARA OS PAIS
Haidt enfatiza a importância de medidas proativas para proteger os adolescentes dos efeitos adversos da tecnologia. Aqui estão alguns passos práticos que os pais podem tomar:
Definir Limites de Tempo de Tela: Incentive o uso equilibrado da tecnologia estabelecendo limites razoáveis para o tempo de tela. A American Academy of Pediatrics recomenda não mais que duas horas de tempo de tela recreativo por dia para adolescentes.
Promover Interações Presenciais: Incentive seu filho a passar tempo com amigos e familiares pessoalmente. As interações sociais são vitais para a saúde emocional e psicológica.
Criar Zonas Livres de Tecnologia: Estabeleça áreas na casa onde o uso de tecnologia não é permitido, como a sala de jantar e os quartos, para promover melhor sono e união familiar.
Monitorar o Uso das Redes Sociais: Mantenha-se envolvido com a atividade online do seu filho. A comunicação aberta sobre os potenciais riscos e benefícios das redes sociais é crucial.
No Box Kids Club, oferecemos uma variedade de atividades que promovem a criatividade, o aprendizado e a união familiar sem depender das telas. Nossas caixas mensais são projetadas para fornecer conteúdo envolvente e educacional que incentiva interações presenciais e aprendizado prático.
REVERTENDO OS EFEITOS NEGATIVOS
É possível reverter os efeitos negativos da tecnologia sobre a saúde mental dos adolescentes com algumas estratégias:
Estabelecer Rotinas Saudáveis: Estabelecer uma rotina diária que inclua tempo para atividades físicas, estudo, e atividades criativas pode ajudar a equilibrar o uso de tecnologia.
Fomentar Hobbies e Interesses Offline: Incentivar os adolescentes a desenvolver hobbies que não envolvam tecnologia, como leitura, esportes, ou artesanato, pode reduzir a dependência das telas.
Educação Digital: Ensinar aos adolescentes sobre os riscos e benefícios da tecnologia e como usá-la de forma responsável pode empoderá-los a tomar decisões mais saudáveis.
Apoio Psicológico: Buscar apoio psicológico quando necessário pode ajudar adolescentes a lidar com os desafios emocionais decorrentes do uso excessivo de tecnologia.
BENEFÍCIOS DE REVERTER OS EFEITOS NEGATIVOS:
Melhora na Saúde Mental: Reduzir o tempo de tela pode levar a uma diminuição nos sintomas de ansiedade e depressão.
Desenvolvimento de Habilidades Sociais: Mais interações presenciais ajudam no desenvolvimento de habilidades sociais e empatia.
Aumento da Atividade Física: Menos tempo nas telas geralmente resulta em mais tempo para atividades físicas, melhorando a saúde geral.
Fortalecimento dos Laços Familiares: Atividades em família sem o uso de tecnologia podem fortalecer os laços familiares e melhorar a comunicação.
O PAPEL DAS ESCOLAS E COMUNIDADES
Além de casa, escolas e comunidades desempenham um papel crucial no enfrentamento da crise de saúde mental entre adolescentes. Haidt sugere a implementação de programas que educam os alunos sobre os riscos do uso excessivo da tecnologia e promovem hábitos digitais saudáveis. As escolas também podem fornecer recursos para estudantes que enfrentam problemas de saúde mental, garantindo que eles tenham acesso ao suporte necessário.
Envolvimento Comunitário: Organizações comunitárias podem oferecer atividades e programas que envolvem adolescentes em experiências positivas e livres de telas. Esportes, artes e oportunidades de voluntariado podem ajudar os adolescentes a construir autoestima e resiliência.
REFLEXÃO
A pesquisa de Jonathan Haidt fornece insights valiosos sobre a ligação entre o uso da tecnologia e a ansiedade dos adolescentes. Compreendendo os mecanismos subjacentes e tomando medidas proativas, pais, escolas e comunidades podem ajudar a mitigar esses efeitos. No Box Kids Club, estamos comprometidos em apoiar as famílias nesse esforço, oferecendo alternativas criativas e educacionais ao tempo de tela. Juntos, podemos promover uma geração mais saudável e feliz.
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COMO NOSSO CÉREBRO APRENDE
Retenção de Informação: Estudos mostram que retemos apenas cerca de 10% do que lemos e 20% do que ouvimos. No entanto, quando aprendemos fazendo, nossa retenção de informações aumenta significativamente para aproximadamente 75%.
Efeito do Aprendizado Prático: Pesquisas demonstram que atividades práticas e experiências sensoriais podem aumentar a retenção de informações em até 85%. Isso ocorre porque o cérebro é mais propenso a lembrar-se de informações quando está envolvido em um processo ativo de aprendizado.
Estímulo Multissensorial: A utilização de estímulos multissensoriais durante o aprendizado pode resultar em um aumento de até 70% na retenção de informações. Isso inclui o uso de elementos visuais, auditivos, táteis e cinestésicos para envolver o cérebro em múltiplos níveis.
Aprendizado Colaborativo: Estudos indicam que o aprendizado colaborativo pode aumentar a retenção de informações em até 30%. Trabalhar em grupo permite que os alunos compartilhem ideias, discutam conceitos e construam conhecimento de maneira colaborativa.
Aplicação Prática dos Conhecimentos: A prática regular e a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos podem resultar em uma retenção de informações de até 90%. Isso ocorre porque a repetição e a aplicação prática ajudam a consolidar o aprendizado na memória de longo prazo.
Essas estatísticas destacam a importância de uma abordagem de aprendizado ativo e envolvente, que prioriza experiências práticas, colaborativas e multissensoriais. No BOX KIDS CLUB, promovemos uma metodologia de aprendizado centrada na criança, que oferece oportunidades para aprender fazendo, explorando e descobrindo o mundo ao seu redor.
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REDAÇÃO BOX KIDS CLUB
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