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CRIANÇAS CONECTADAS
Nada ao excesso faz bem, ainda mais no período da infância quando o assunto é tecnologia, o uso de celulares, tablets, entre outros aparelhos eletrônicos. É muito comum nos dias de hoje, ver crianças de todas as idades, até mesmo antes de completar 1 ano, tendo amplo acesso a esse mundo online.
Essa ideia de mundo conectado, que cresce cada vez mais entre as gerações, colabora muito para o uso de eletrônicos de maneira tão precoce, e contínua durante a vida das crianças, desde cedo elas já vão criando o hábito de passar horas e horas em frentes às telas. Mas dentre as famílias, grande parte dos pais utilizam as atividades online em busca de alcançar minutos de sossego, como um modo de entreter e distrair os pequenos.
Entretanto, as consequências desses minutinhos de tranquilidade são inúmeras, principalmente ligadas ao desenvolvimento das crianças, em diversos pontos. O que justifica o uso limitado de aparelhos eletrônicos, ou até mesmo o não uso, de acordo com a faixa etária de cada um.
OS PERIGOS DO EXCESSO ONLINE PARA CRIANÇAS
Diversos estudos ao redor do mundo comprovam os efeitos negativos causados pelo uso excessivo da tecnologia, no qual possuem o objetivo de enfatizar a necessidade de existir um controle diante o uso prolongado de crianças nos aparelhos eletrônicos, e também ao que elas assistem.
A Sociedade Canadense de Pediatria aponta diversos males dos perigos do excesso online, dentre eles: déficit de atenção, redução na memória e na concentração, retardos cognitivos, dificuldade na aprendizagem, obesidade ligada ao sedentarismo, grande tendência a distúrbios de ansiedade, vícios, entre outros efeitos.
“O excesso de tecnologia faz com que a criança tenha a tendência a se isolar, a criança fica sozinha, a tecnologia priva a criança de interagir com o outro. Além de que, a grande oferta de apps e jogos fazem com que as crianças não permaneçam por mais tempo em uma mesma atividade, e percam a noção de processo com começo, meio e fim”, afirma Fabiana Abreu, terapeuta ocupacional pela FMUSP e do CEPEC-SP.
Assim, é possível ver a possibilidade de um atraso geral no desenvolvimento da criança, e nas suas capacidades. Crianças antes dos 2 anos não devem ter contato algum com eletrônicos, apenas uma hora por dia com idades 3 a 5 anos, e duas horas por dia com idades de 6 a 18 anos, completa o estudo da Sociedade Canadense de Pediatria.
ONLINE VS OFFLINE NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E CRIATIVO
A tecnologia é um avanço da modernização, está em constante progresso, mas para os pequenos, esse mundo online causa o oposto, o retrocesso. Afinal, é na infância que a criança aprende e constrói grande parte do seu desenvolvimento, é pela estimulação, imitação, brincadeiras, e principalmente na curiosidade pelo novo que ocorre o aprendizado.
No online, o único estímulo é na perspectiva dos olhos, e para a criança é primordial durante sua evolução tocar, sentir, cheirar, se mexer, ouvir e viver interações humanas. Muitas campanhas, além de ressaltar a indispensabilidade do controle, aponta também para a necessidade de haver mais brincadeiras entre pais e filhos, como Associação Japonesa de Pediatria.
Enquanto as atividades online aumentam as chances do atraso cognitivo para criança, as ‘offline’ causam efeito contrário, colaboram muito para o desenvolvimento cognitivo. Por isso a importância em explorar o âmbito da diversão com brincadeiras saudáveis, pois é com base nisso que os pequenos começam a desenvolver seus movimentos corporais, habilidades motoras, expressões, e assim vão aprendendo a se relacionar com outras pessoas.
“As brincadeiras são o motor do desenvolvimento infantil, pois é onde a criança reproduz situações vividas, elabora experiências, descobre o mundo, aprende a compartilhar com o outro. E isso é muito rico e fundamental. É uma fase da vida que precisa ser desfrutada dessa forma”, conta a terapeuta Fabiana.
Tudo isso, além de criar um ambiente agradável que seja favorável para criança adquirir conhecimento e capacidades, incentiva e possibilita a criatividade.
A criatividade é uma característica do ser humano e abrange muitos sentidos, é algo muito construtivo, e desde cedo as crianças são capazes de simbolizar e exercer a imaginação. Jogos, brincadeiras e leituras são fatores significativos para o desenvolvimento cognitivo e criativo, uma forma divertida e interessante de contribuir para o processo de aprendizagem, trabalhando em aspectos da afetividade e da inteligência, criando certa autonomia e iniciativa para a criança, e moldando seus primeiros traços de personalidade.
O desenvolvimento infantil é traçado por fases, cada criança tem seu tempo para aprender e adquirir habilidades, sejam elas físicas ou motoras, mas todas podem mostrar dificuldades em seu desenvolvimento, quando não possui oportunidades para interagir e brincar criativamente com as pessoas e o ambiente. Os desafios e as experiências proporcionadas pelo lúdico, são essenciais para despertar o interesse e a curiosidade dos pequenos, são atrativos para crescer a vontade de conhecer, e entender brincando.
O lúdico, as brincadeiras, não devem ser vistas apenas como entretenimento ou lazer, mas também como um fator de construção de conhecimento e criatividade, e isso mostra a grande e grave diferença entre o ‘online’ vs ‘offline’. Como confirma a terapeuta, que a aprendizagem formal se dá de forma mais prazerosa e natural quando puxada pelo lado lúdico, e que “ assim como há o horário do tablet, tem que ter uma horário do brincar, da criação, de sentar no chão para brincar”. O que reforça a ideia de limitação de acordo com a idade da criança com os eletrônicos.
DIVERSÃO ONLINE E HABILIDADES MOTORAS
Os pais e familiares precisam criar o costume de não usar eletrônicos na frente das crianças, para que elas não se sintam instigadas ou curiosas em querer mexer, ou focaram suas atenções em smartfones. O indicado, é que dentro de casa, as crianças saibam que também existe diversão longe dos aparelhos eletrônicos, e a participação dos pais nas brincadeiras, atividades, jogos, ou leitura, é fundamental, pois a criança observa e capta exatamente o que estão fazendo.
O desenvolvimento motor é sinônimo de movimento, que são compostos e influenciados por uma interação de aspectos, o ambiente, o indivíduo e a atividade, que geram a produção deslocamentos. A fisioterapeuta Carla Panonko, com aprimoramento em Estimulação Sensório Motor, afirma que o aspecto psicomotor de uma criança simboliza um dos passos mais importantes na vida dos pequenos, são marcos correlacionados a idade, e o acontecimento desses marcos estão diretamente ligados ao ambiente que criança vive e o quando estimulante ele é.
As habilidades motoras estão diretamente ligadas ao estímulo, e é difícil haver algum incentivo quando a criança passa muito tempo sentada, ou sem se movimentar olhando para tela de um celular ou tablet. De 0 a 5 anos, é o período no qual a criança se encontra mais receptiva a estímulos vindo do ambiente em que ela se encontra, e compreende tudo de forma muito rápida. ’’Aquilo que a criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã’’, Vygotsky (1997).
COMO O BOX KIDS CLUB DESCONECTA CRIANÇAS PARA CRIAR
O Box Kids Club veio para resgatar o lúdico, as brincadeiras de criança, e desconectá-los da tecnologia, em busca de um desenvolvimento integral, com muita criatividade e inteligência, trazendo o que tem de melhor para diversão das crianças, seja na leitura, nos jogos, e nas atividades. Para assim formular e reverter essa ideia de mundo conectado, e que diversão é online.
Por meio do desenvolvimento da curiosidade criativa, a caixa do Box Kids Club, além de trazer muita bagunça e alegria, incentiva a prática e o desempenho dos pequenos em diversas vertentes, na criação, no descobrimento, na comunicação, nos movimentos, na exploração e na interação.
Assim, colabora para o desenvolvimento cognitivo e motor, e principalmente na criatividade, e no relacionamento com a família por meio de desafios, proporcionando experiências saudáveis e enriquecedoras, não só para as crianças, mas para todos.
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Ana Clara Matsuguma
Jornalista para Box Kids Club e mãe da pequena Sofia

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