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IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS PARA AS CRIANÇAS
Através dos tempos, independente do contexto histórico-econômico-social em que está inserida, a criança revela a importância do lúdico em sua vida. Tanto é que durante toda a história a criança esteve diretamente relacionada a brincadeiras, jogos e atividades lúdicas.
Diante disso, o fascínio que os brinquedos e os jogos exercem nas crianças, de todas as faixas etárias e contextos sociais, leva os pesquisadores e estudiosos a refletir, sobre a importância das brincadeiras para as crianças e como isso afeta o desenvolvimento delas.
ESTUDOS SOBRE O BRINCAR
“A ocupação favorita e mais intensa da criança é o brinquedos ou os jogos. […] ao brincar toda criança… cria um mundo próprio, ou melhor, reajusta os elementos de seu mundo de uma nova forma que lhe agrade. Seria errado supor que a criança não leva esse mundo a sério; ao contrário, leva muito a sério a sua brincadeira e despende na mesma muita emoção.”
Por que as crianças buscam ativamente a atividade lúdica? Ou melhor, porque, elas possuem um intenso desejo em se ocupar com brinquedos, jogos ou qualquer outro material que possa desempenhar essa função?
O brincar não pode ser considerado um ato espontâneo. Isso porque, a criança não brinca somente pela busca do prazer que obtém nesta atividade. Existem outros motivos igualmente importantes pelos quais ela o faz.
Um deles trata-se de uma vivência que permite à criança experimentar sua consistência e sua inconsistência psíquica, pela qual ela busca construir um corpo, um limite de si própria, e traçar contornos que, ao mesmo tempo, a subjetivem e a diferenciam da alteridade.
Ao brincar, a criança experimenta e constitui-se a partir da criação de um espaço imaginário no qual ela exercita a possibilidade de elaborar seus sentimentos, delimitar sua relação ao que é diferente de si e fazer representações da realidade externa.
Em outras palavras, ao brincar as crianças estão construindo o seu próprio mundo!
BRINCADEIRAS COMO FORMA DE ENTENDER O MUNDO
Dessa forma, existe nas brincadeiras e no lúdico um funcionamento simbólico que permite à criança realizar um trabalho da ordem da representação: “em suas brincadeiras, as crianças repetem tudo o que lhes causou uma grande impressão na vida real, e assim procedendo, ab-reagem à intensidade da impressão, tornando-se, por assim dizer, senhoras da situação” (Freud, 1920, p. 27).
Em outras palavras, o ato de brincar possibilita a elaboração de vivências afetivas importantes e assim a representação de situações relevantes vividas pela criança normalmente de modo passivo. E desse modo ela busca entender o que está a sua volta.
Além disso, brincar funciona como uma ponte entre a fantasia e a realidade: ao realizá-la, a criança tem a possibilidade de transitar entre essas duas dimensões, facilitando a elaboração de conflitos.
Ao brincar, a criança pode lidar tanto como situações já vividas, como antecipar dados da realidade de modo a organizá-los de acordo com seus recursos afetivos, cognitivos e morais.
Poder dominar, pelo menos “de brincadeira”, uma situação que lhe é assustadora e/ou ameaçadora, é uma oportunidade de elaboração de sentimentos.
Assim, a importância das brincadeiras para as crianças é dada pelo recurso que permite à criança realizar uma aproximação entre seu imaginário e a realidade, à qual ela tem uma tarefa de adaptação.
O jogo é, nesse sentido, uma atividade integradora entre:
- Realidade interna, as fantasias e conflitos psíquicos
- Realidade externa, as regras e normas sociais
Assim como os adultos utilizam da fala para se expressar as crianças utilizam as brincadeiras, jogos e livros para revelar seus conflitos e sentimentos, bem como seus desejos e preferências.
VAMOS BRINCAR?
Frente ao surgimento das novas tecnologias, por vezes, a prática de brincadeiras torna-se secundária, perdendo espaço para os smartphones e tablets. Além disso, nos centros urbanos, as crianças sofrem com a privação do espaço das ruas.
Devido a esse problema contemporâneo, brinquedos eletrônicos e modernos passaram a substituir os jogos e as brincadeiras propriamente ditas, e isso acaba levando a um baixo índice de criatividade infantil.
No meio de tanta tecnologia e jogos eletrônicos, uma errada sensação de comodidade e tranquilidade para alguns pais, a brincadeira que ajuda a ensinar termina ficando em segundo plano e o resultado é muito ruim.
O brincar precisa sair da imaginação da criança para o corpo, ou seja, precisa ser vivenciado. Diante disso, é importante preservar e garantir uma prática social e cultural do brincar no âmbito familiar, no sentido que as crianças sejam estimuladas a vivenciar diversas experiências através das brincadeiras.
COMO CONSTRUIR UM AMBIENTE EM QUE AS CRIANÇAS SEJA ESTIMULADA A BRINCAR?
Você pode criar muitas situações para que as crianças possam brincar, observar, explorar, investigar, criar, construir e aprender. Isto pode acontecer espontaneamente, mas se tiver a participação da família aí fica perfeito!
É um consenso que as crianças apreciam a companhia de seus pais ao aventurarem-se nas brincadeiras e na busca de conhecimento. Nesse sentido, destaca-se a importância das propostas que podem ser realizadas em família.
Resgatar as brincadeiras antigas é um caminho, uma vez que é algo que nossas crianças de hoje necessitam!
Trata-se de resgatar a nostalgia de algumas brincadeiras antigas e por meio delas, promover o desenvolvimento de diversas aspectos, tais como:
- Criatividade,
- Respeito ao próximo,
- Responsabilidade,
- Integração social,
- Troca de ideias,
- Independência,
- Autonomia.
BRINCADEIRAS QUE DESENVOLVEM
Assim, sem perder o caráter de entretenimento, além de sua dimensão psicológica, a importância das brincadeiras para as crianças pode ser considerada recurso importantes de aprendizagem e desenvolvimento do raciocínio lógico.
JOGOS DE ENCAIXE
Inicialmente, destacam-se os jogos de encaixe e/ou de construção, nos quais a criança pode trabalhar com as peças de modo aleatório.
Uma dica que nós damos é de que os adultos não precisam corrigir movimentos e/ou estratégias dos pequeninos, pois o importante na brincadeira é justamente o exercício da experimentação. Se o adulto dirige demais a proposta ou exige demais da criança, esperando determinado resultado, aquilo deixa de ser brincadeira e vira um exercício didático. Algo pouco motivador para a criança.
JOGOS DE TABULEIRO
Em um segundo momento, surgem os jogos de regras e/ou de tabuleiro. Inicialmente, com o acompanhamento de alguém que instrua as crianças como jogar. Nesses casos, é importante destacar que o jogo, mesmo de regras, não é uma prova ou um campeonato, mas uma atividade lúdica que gera diversão e aprendizagem, uma vez que auxilia a criança a lidar com o ganhar ou perder, as frustrações e o empenho, o esforço para transpor desafios, entre outros aspectos.
BOX KIDS CLUB, UMA CAIXA DE BRINCADEIRA COM APRENDIZADO
O Box Kids Club veio para resgatar o lúdico, as brincadeiras de criança, e desconectá-los do excesso da tecnologia, em busca de um desenvolvimento integral, com muita criatividade e inteligência, trazendo o que tem de melhor para diversão das crianças, seja na leitura, nos jogos, e nas atividades.
Nosso cérebro esquece 80% do que lemos em menos de 24 horas, mas aprende 80% das coisas que fazemos. Por isto o Box Kids Club promove a brincadeira de fazer, de criar e de promover aquela sensação gostosa das crianças quando dizem ‘fui eu que fiz!’.
Por meio do desenvolvimento da curiosidade criativa, a caixa do Box Kids Club, além de trazer muita diversão e alegria, incentiva a prática e o desempenho dos pequenos em diversas vertentes, na criação, no descobrimento, na comunicação, nos movimentos, na exploração e na interação. Ensina brincando mas com a força da abordagem STEAM (leia aqui no nosso blog).
Assim, colabora para o desenvolvimento cognitivo e motor, e principalmente na criatividade, e no relacionamento com a família por meio de desafios, proporcionando experiências saudáveis e enriquecedoras, não só para as crianças, mas para todos.É preciso que o jogos e brincadeiras sejam pensado e voltados para cada faixa etária, como é feito no Box Kids Club. Antecipar a fase da criança ou “forçar” sua aprendizagem pode prejudicá-la em seu aprendizado e em seu desenvolvimento sócio-cognitivo.
Leia também:
Anna Martha Bertagni Kayayan
Psicóloga, Psicanalista e Pedagoga, especialista no desenvolvimento infantil. Há mais de 18 anos trabalhando em escolas, acredita no papel fundamental dos pais no processo educativo e no desenvolvimento global de seus filhos. Por esse motivo, escreve textos que buscam auxiliar as famílias na arte de educar.
Anna Martha Bertagni Kayayan
Psicóloga, Psicanalista e Pedagoga, especialista no desenvolvimento infantil. Há mais de 18 anos trabalhando em escolas, acredita no papel fundamental dos pais no processo educativo e no desenvolvimento global de seus filhos. Por esse motivo, escreve textos que buscam auxiliar as famílias na arte de educar.
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